quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Gás que pode ser sete mil vezes mais nocivo do que o CO2



FOTO:Imperial
                       
O perfluorotributilamina (PFTBA), um composto sintético com 27 átomos de flúor, 12 átomos de carbono e nitrogênio. Este gás tem o potencial de ser mais prejudicial na questão do aumento do efeito estufa e das mudanças climáticas.
O PFTBA pertence a uma classe de compostos fabricados por mais de 50 anos pela indústria de eletrônicos. Os climatologistas ainda não sabem muito sobre ele, mas sempre desconfiaram de seus efeitos sobre o aquecimento global. E, agora, um estudo publicado na revista Geophysical Research Letters pode ter confirmado suas preocupações.
O estudo foi conduzido por cientistas da Universidade de Toronto, que descobriram que o composto pode permanecer na atmosfera e 'prender' calor na Terra por mais de 500 anos. Isso significa que uma única molécula de PFTBA tem o impacto climático equivalente a mais de 7 mil moléculas de dióxido de carbono, o famoso CO2.Mesmo assim, vale ressaltar: a concentração do composto na atmosfera é baixa: 0,18 por partes de trilhão, na área de Toronto, onde o estudo foi feito.

No entanto, de acordo com o climatologista Drew Shindell, do Instituto Goddard, da Nasa, o aviso está dado: é necessário buscar alternativas ao PFTBA na indústria dos eletrônicos para que, no futuro, ele não agrave a já dramática situação climática do planeta.A título de comparação, o CO2 tem uma concentração de 400 partes por milhão. Então, pelo menos por enquanto, não é possível 'culpar' o PFTBA pelas maior parte das mudanças climáticas. A principal responsável continua sendo a queima de combustíveis fósseis.

Fonte:Galileu


domingo, 16 de novembro de 2014

Pesquisadores brasileiros descobrem que Minas Gerais já teve um mar

Uma equipe de geólogos e paleontólogos da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp), ambas do Brasil, encontrou evidências de que Minas Gerais já teve um mar.As evidências foram encontradas em pedreiras nos arredores do município de Januária, no norte de Minas. Ali, os pesquisadores descobriram um tipo de fóssil especial: fragmentos de animais marinhos do gênero Cloudina, animais pequenos e extintos que viveram do período Ediacariano ao Cambriano na Terra.Os fósseis são uma prova quase irrefutável de que, no passado, um braço de mar raso, com no máximo 10 metros de profundidade, cortava a região.


Mas quanto tempo é “no passado”?
Muito tempo. Há cerca de 550 milhões de anos.
Nessa época, os continentes tinham uma configuração muito diferente. A América do Sul, a África e a Antártida eram unidas em um bloco que formava o megacontinente de Gondwana. Os cientistas creem que o braço de mar tenha derivado de um antigo oceano batizado de Clymene, que separava o Gondwana da atual Amazônia.
A área onde o fóssil foi encontrado faz parte do chamado Grupo Bambuí, formação sedimentária da bacia do rio São Francisco, que se estende por cerca de 300 mil quilômetros e abrange também os estados da Bahia, Goiás, Tocantins e o Distrito Federal, de forma que o mar devia passar por todas essas regiões.
“Até agora ninguém havia seguramente encontrado fósseis de animais no Grupo Bambuí”, afirma Lucas Warren, professor do Instituto de Geociências e Ciências Exatas da Unesp, mas que fazia pós-doutorado na USP quando a descoberta foi feita, no ano passado. “Além das cloudinas, também achamos ao menos três fragmentos atribuídos ao gênero Corumbella e rastros em rocha deixados provavelmente por um animal de corpo mole”.

FONTES: [GalileuFAPESP]

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Carro movido a água salgada


Esse veículo incrível, desenvolvido pela empresa nanoFlowCell, acaba de receber autorização para circular pelas estradas europeias.




A bateria

O Quant é, essencialmente, um carro elétrico, só que nada convencional. Ele não funciona exatamente com água do mar, mas sim com uma tecnologia que usa princípios estudados pela Nasa em 1976 e é baseada em nanocélulas e reações químicas em duas soluções eletrolíticas.


O veículo possui uma bateria de fluxo, com uma mistura química de lítio-enxofre em uma rede de nanopartículas. Essa rede permite que a eletricidade flua através do líquido, e portanto que mais energia seja extraída dele. O resultado, além de emissão zero, é mais autonomia que os atuais carros elétricos. Segundo a nanoFlowCell, o Quant pode rodar 600 km com uma recarga.Ao contrário das baterias químicas tradicionais, para recarregar essa bateria de fluxo, você só precisa repor o eletrólito, que neste caso é água salgada. O reabastecimento deve ser um processo rápido e fácil, semelhante a abastecer um carro convencional com gasolina.A eletricidade da bateria de fluxo é armazenada em um par de enormes capacitores, que os motores elétricos, em seguida, usam para transformá-la em velocidade.

Fonte:Estadão

terça-feira, 29 de abril de 2014

A extinção dos dinossauros pode ter sido causada por matéria escura?



Dois físicos de Harvard finalizaram um estudo que propõe a existência de um disco fino de matéria escura escondido dentro das galáxias, ou muito perto delas, e que poderia ser responsável por algumas da extinções em massa da Terra, inclusive a dos dinossauros.O modelo investigado se baseia numa forma hipotética de matéria escura, descrita pelos autores e seus colaboradores no ano passado, como meio para resolver outro enigma cósmico independente.  
A existência de um disco escuro poderia ser provado em breve pelas observações astronômicas, segundo aponta o artigo publicado na ‘Nature‘.Supõe-se que este disco de matéria escura esteja no meio da Via Láctea em todo o seu comprimento.  O Sistema solar gira ao redor do centro da galáxia e enquanto o faz ele se move para cima e para baixo, num ciclo que dura aproximadamente 70 milhões de anos.  
Isto significa que o sistema solar poderia atravessar este disco de matéria escura a cada 35 milhões de anos, o que coincide com o ciclo dos impactos de cometas sobre a Terra.A evidência de um ciclo de 35 milhões de anos também foi detectada através de um estudo de crateras de impacto existentes no planeta.  Mais especificamente, aquelas com mais de 20 quilômetros de largura e criadas nos últimos 250 milhões de anos.  Em comparação com os bombardeios aleatórios de cometas, o modelo estudado possui um cociente de probabilidade de 3, o que significa que a datação das crateras possuem uma coincidência três vezes maior à de uma taxa aleatória.Apesar deste trabalho ter uma base ‘especulativa’ (ainda está para ser confirmado o padrão da frequência dos impactos de cometas, bem como a própria existência do disco de matéria escura), os autores asseguram que o exercício é valioso.







Fonte: nature