sábado, 13 de agosto de 2011

Diamante a parti do CO2 ?


Muitos especialistas diziam há anos que fazer diamantes a partir do dióxido de carbono era impossível.Mas o pesquisador Daren Swanson, da Universidade de Queens, no Reino Unido, não se convenceu, e prosseguiu com suas explosões geradoras de pressão até finalmente ter sucesso.
Depois de três anos de pesquisa, ele provou que o CO2 pode realmente ser usado para produzir minúsculos diamantes industriais - eles não são grandes o suficiente para se transformarem em uma joia, mas são muito bem pagos para utilização em inúmeras aplicações industriais.

Detonação a frio

Chamada de "Detonação Física a Frio" - ou CDP (Cold Detonation Physics) -, a técnica consiste em misturar gelo seco, que é essencialmente CO2 congelado, com outros ingredientes para fazer um explosivo.Esta mistura, a -78,5 ° C, é comprimida dentro de um tubo de aço muito grosso e então detonada.
A explosão gera uma altíssima pressão, que dura apenas uma fração de segundo, mas suficiente para cristalizar o carbono do CO2 na forma de diamante.A fina poeira de diamante produzida - os cientistas os chamam de nanodiamantes - tem aplicações que vão desde o revestimento de ferramentas, discos de corte e peças para polimento, até o transporte de drogas quimioterápicas no interior do corpo humano.


Diamantes sintéticos

Segundo os pesquisadores, a produção de diamantes a partir do CO2 pode se tornar a técnica mais barata para a fabricação de diamantes sintéticos - certamente o mais ambientalmente amigável, uma vez que ela literalmente detona o CO2.Um subproduto interessante da pesquisa é o próprio explosivo, que poderá ser usado em mineração - o explosivo é menos ambientalmente danoso do que a dinamite.


sábado, 6 de agosto de 2011

Como funcionam os fogos de artifícios?


Espetáculo da química
Os fogos de artifício são, basicamente, um dispositivo que fica envolvido em um cartucho de papel (em geral, em forma de cilindro). Na parte inferior do cartucho fica o propelente - a carga explosiva que leva os fogos para o alto. Na parte superior fica a 'bomba', com pequenos pacotinhos de sais responsáveis pelas diferentes cores e efeitos que surgem nas explosões. Há dois pavios, um para o propelente, que queima mais rápido, e outro para a bomba, que é mais demorado para que exploda somente no céu.O propelente mais utilizado é a pólvora negra, uma mistura de nitrato de potássio (KNO3), enxofre e carvão. Esse tipo de pólvora foi descoberto pelos chineses há mais de 2.200 anos e era usado para espantar maus espíritos através de seu barulho e brilho. Outro propelente comum é o altamente explosivo perclorato de potássio (KCLO4), que é misturado com a pólvora.
A disposição dos pacotes de sais na bomba causa os diferentes desenhos que se formam na hora da explosão. Já para conseguir as cores variadas, as bombas são compostas por elementos químicos específicos (veja tabela). Na hora em que a pólvora explode, a energia produzida excita os elétrons dos átomos desses elementos. Em outras palavras, os elétrons 'saltam' de níveis de menor energia (mais próximos do núcleo) para níveis de maior energia (mais distantes). Quando retornam aos níveis de menor energia, liberam a energia que absorveram em forma de luz colorida.
As cores do show
Um elemento químico diferente é responsável por cada coloração dos fogos de artifício:
Amarelo
Sódio (Na)
Azul-esverdeado
Cobre (Cu)
Branco-metálico
Magnésio (Mg)
Vermelho
Cálcio (Ca)
Vermelho-carmim
Estrôncio (Sr)
Verde
Bário (Ba)
Violeta
Potássio (K)


Fonte: Agnaldo Arroio, doutor em físico-química pelo IQSC-USP, Instituto de Química de São Carlos-USP

cientistas transformam ácidos em bases

Químicos conseguiram realizar em laboratório um feito que até agora era considerado impossível: eles transformaram em bases uma família de compostos que normalmente são ácidos.

Como todos podem se lembrar de suas aulas de química, ácidos são o oposto químico das bases.

Ácidos viram bases

Mas o Dr. Guy Bertrand e seus colegas da Universidade de Riverside, nos Estados Unidos, fizeram ácidos virarem bases.

"O resultado é totalmente contra-intuitivo," comentou o Dr. Bertrand. "Quando eu apresentei recentemente os resultados preliminares desta pesquisa em uma conferência, o público estava incrédulo, dizendo que era algo simplesmente inatingível.
"Mas nós conseguimos: nós transformamos compostos de boro em compostos similares ao nitrogênio. Em outras palavras, nós fizemos ácidos se comportarem como bases".
Compostos do elemento boro são ácidos, enquanto compostos de nitrogênio ou fósforo, por exemplo, são básicos.
O feito abre caminho para uma série totalmente nova de reações químicas, com aplicações potenciais na indústria farmacêutica e de biotecnologia, na fabricação de novos materiais e novos catalisadores, apenas para citar alguns exemplos.
"É quase como transformar um átomo em outro átomo," diz Bertrand.

Catalisadores

O pesquisador é especialista em catalisadores, um catalisador é uma substância - geralmente um metal, ao qual se ligam íons ou compostos - que permite ou facilita uma reação química, mas não é consumida e nem alterada pela reação em si.
Embora apenas cerca de 30 metais sejam usados para formar os catalisadores, os íons ou moléculas de ligação, chamados ligantes, podem ser contados aos milhões, permitindo a criação de numerosos catalisadores.
Atualmente, a maioria desses ligantes compõe de materiais à base de nitrogênio ou fósforo.
"O problema com o uso dos catalisadores à base de fósforo é que o fósforo é tóxico e pode contaminar os produtos finais", disse Bertrand. "Nosso trabalho mostra que agora é possível substituir ligantes de fósforo em catalisadores por ligantes de boro. E o boro não é tóxico," explica o pesquisador.

Revolução na catálise

A pesquisa que permitiu a transformação de ácidos em bases foi possível modificando-se o número de elétrons no boro, sem alterar seu núcleo atômico.
"As pesquisas com catálise têm avançado em pequenos passos incrementais desde a primeira reação catalítica, feita em 1902 na França. Nosso trabalho é um salto quântico na pesquisa de catálise porque uma vasta família de novos catalisadores agora passa a estar disponível.
"Quais tipos de reações esses novos catalisadores à base de boro são capazes de facilitar é algo que ainda não se sabe. O que se sabe é que eles são potencialmente numerosos," conclui Bertrand.
fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br

Humor Químico

As últimas palavras de um químico




1 - João, você pode me ajudar? João? Joãoooo
2 - Oh não! Bécker errado!
3 – nossa que cheiro estranho!
4 - e agora o teste do paladar...
5 - porque isto está ficando quente?
6 - por favor!! mantenha este tubo loooongeeee.
7 - e... mais um pouquinho disso...
8 - Porque não há nenhum rótulo neste frasco?
9 - Em qual destas garrafas está a minha água mineral?
10 - Porque esta coisa está queimando com uma chama verde?
11 - Acho que derramei alguma coisa!
12 - Vou colocar mais um pouco
13 - Tá tudo bem, eu sei o que estou fazendo!
14 - Que vela engraçada! O que significa TNT?
15 - Eu sempre fiz isso e nunca aconteceu nada…
16 - Primeiro o ácido... depois a água...
17 – Este é um experimento completamente seguro.
18 – O alarme de incêndio só está sendo testado.
19 – Agora já posso tirar o vidro de proteção.
20 – Devo mater isso a temperatura constante de 24 oC... 25, 26, 27, 28....

domingo, 31 de julho de 2011

Como ocorre o raio?



Um raio ocorre quando se separam as cargas elétricas dentro de uma nuvem do tipo cúmulo-nimbo. Essa separação ocorre principalmente pelo choque entre granizo e partículas de gelo no interior da nuvem. Quando a diferença de cargas é muito grande, uma carga elétrica negativa chamada condutor, fraca e invisível, deixa a nuvem e ziguezagueia para baixo, parando entre 30 e 50 metros de altitude. Devido à intensidade do campo elétrico formado, as cargas positivas do solo que estiverem mais próximas do raio condutor saltam até encontrá-lo, fechando assim o circuito elétrico entre a nuvem e o solo. Por ele, a descarga elétrica se desloca para a base da tempestade; como tudo isso ocorre em milésimos de segundos, tem-se a impressão de que o raio cai, quando na verdade ele sobe

sábado, 30 de julho de 2011

Primeira máquina do tempo



LHC do tempo


O LHC,além de ser o maior experimento científico do mundo, pode se tornar também a primeira máquina capaz de fazer a matéria viajar de volta no tempo.Isto se Tom Weiler e Chui Man Ho estiverem corretos.Os dois físicos da Universidade de Vanderbilt, nos Estados Unidos, acabam de propor a ideia em um artigo ainda não aceito para publicação, enviado para o repositório arXiv.

"Nossa teoria é um tiro de longa distância," admite Weiler. "Mas ela não viola nenhuma lei da física e nem qualquer restrição experimental.

Um dos maiores objetivos do LHC é encontrar o bóson de Higgs, uma partícula hipotética da qual os físicos lançam mão para explicar porque partículas como os prótons, nêutrons e elétrons possuem massa.Se o Grande Colisor de Hádrons realmente conseguir produzir essa que é chamada a "partícula de Deus", alguns físicos acreditam que ele irá criar também uma segunda partícula, o singleto de Higgs.
Segundo a proposta de Weiler e Ho, esses singletos teriam a capacidade de saltar para uma quinta dimensão, onde eles poderiam se mover para frente e para trás no tempo, retornando depois para nossa dimensão, mas reaparecendo no futuro ou no passado.

"Uma das coisas mais atrativas dessa abordagem da viagem no tempo é que ela evita todos os grandes paradoxos," diz Weiler.

Na verdade, a abordagem evita os passageiros mais problemáticos na viagem. Como somente partículas com características tão especiais poderiam viajar no tempo, ninguém poderia retornar ao passado e matar algum antecessor, eliminando a possibilidade da própria existência.

"Entretanto, se os cientistas puderem controlar a produção dos singletos de Higgs, eles poderão enviar mensagens para o passado ou para o futuro," propõe Weiler.

terça-feira, 26 de julho de 2011

O Elemento Fósforo foi descoberto por acaso


Em 1669, o alquimista alemão Hennig Brandt começou a destilar urina humana. Ele tinha esperança de que o líquido fosse um remédio capaz de curar todas as enfermidades e que, por ser amarelo, pudesse conter ouro. Ferveu a urina e a deixou condensar, mas é claro que não encontrou nenhum metal precioso. Conseguiu apenas uma pasta branca que, quando esquentada, entrava em combustão. Brandt havia descoberto o elemento fósforo.
a urina é uma combinação de vários detritos do corpo. Entre eles estão substâncias orgânicas e fosfatos – compostos que pegam fogo facilmente quando em contato com carbono. Ao aquecer, as substâncias orgânicas se transformaram em carvão – que nada mais é do que carbono – e fizeram a mistura pegar fogo. Brandt percebeu que a descoberta era importante, mas ainda foi preciso muitas outras pesquisas antes que ela pudesse ter alguma função prática. Os palitos atuais, por exemplo, são feitos de uma massa com clorato de potássio, que reage com o fósforo presente na lixa da caixa e inicia o fogo.

domingo, 24 de julho de 2011

Guerra Química 256 a.C.


Alguém poderia pensar que os antigos romanos e os persas eram limitados a lutar com espadas, lanças, arcos e flechas. No entanto, não é. Eles sabiam que outros modernos métodos letais para matar o inimigo.
Arqueólogo Simon James fez uma descoberta que deixa a boca aberta, persas e romanos utilizavam métodos semelhantes ao que hoje é conhecido como guerra química.
Durante escavações na cidade de Dura-Europos, que está localizado perto do Eufrates e foi sob o domínio romano, os pesquisadores encontraram evidências de que a fortaleza romana foi atacada pelos persas em torno do ano 256 a.C. Entre muitas outras descobertas, eles descobriram um túnel onde havia 20 soldados romanos mortos, ainda com suas armas. Estes resultados não eram novos, tendo sido relatado desde 1930, mas a maneira pela qual esses soldados morreram era um mistério até agora.
O mais curioso é que os corpos pareciam estar intactos. Isso quer dizer que eles não tinham sinais de lesões, que geralmente deixam traços inconfundíveis nos ossos.Após a análise química detalhada, James encontraram os restos de betume e cristais de enxofre, uma mistura que, quando acesa, produz uma fumaça densa e tóxica que matou os soldados romanos, provavelmente, em poucos minutos. E embora os romanos certamente conhecia tais táticas infelizmente máscaras de gás não tinha sido inventado ainda.

sábado, 23 de julho de 2011

Falso Zumbi

A crença de que pessoas podem ser transformadas em zumbis – entidades sem alma trazidas de volta à vida depois de mortas – é muito difundida entre os praticantes do vodu no Haiti. Mais assustadores do que esses seres, no entanto, é o fato de que a química pode explicar o fenômeno.
Em 1962, o haitiano Clairvius Narcisse morreu e foi enterrado, mas reapareceu vivo 18 anos depois. Afirmou que havia tomado uma poção que o fez morrer, mas foi depois ressuscitado e forçado a trabalhar como escravo em plantações, onde era mantido sob efeito de drogas. O antropólogo americano Wade Davis investigou o caso e analisou algumas dessas “poções de zumbi” feitas pelos sacerdotes da região. Percebeu que o único ingrediente comum a todas elas era um tipo específico de baiacu. Esse peixe possui no fígado e nos órgãos sexuais um potente veneno, chamado tetrodoxina, que paralisa o sistema nervoso central e pode fazer as pessoas parecerem mortas. Ele também analisou a substância usada para manter os zumbis em estado de estupefação e percebeu que eles eram feitos da Datura stramonium, uma planta com fortes substâncias psicoativas. A imagem de uma pessoa que ressuscita para andar tonta e cambaleante pelas plantações não era, portanto, tão fora de propósito.
Ninguém sabe se a descoberta de Davis é a resposta definitiva ao mistério. Por via das dúvidas, o código penal do Haiti determina que fazer uma pessoa parecer morta a ponto de ela ser enterrada é considerado assassinato, não importa o que aconteça depois.



sexta-feira, 22 de julho de 2011

Luzes da Cidade

Por que, quando se olha uma cidade ao longe à noite, suas luzes parecem piscar?


No ar, a luz se propaga em linha reta. Entretanto, variações na atmosfera, causadas por mudanças de pressão, temperatura ou mesmo poluição, podem alterar sua trajetória. Um raio de luz que sai, por exemplo, da lâmpada de um poste sofre desvio em sua trajetória inicial. Percebemos essa alteração como cintilação. Para que ela ocorra, é necessário que a fonte de luz seja pequena e distante. Se ficarmos diante de um holofote, não o veremos cintilar, pois seu tamanho e proximidade compensarão qualquer eventual cintilação. Por outro lado, se alguém apontar uma lanterna em nossa direção e, de repente, virar o facho para baixo, perceberemos.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Gênio indomável


Na escola primária, Albert Einstein (1879-1955) foi considerado insociável e lerdo. Seus pais chegaram a achar que ele sofria de dislexia. Na verdade, Einstein estava perdido nos próprios sonhos. Bom de raciocínio, tinha dificuldade nas tarefas que exigiam memorização. Com apenas 5 anos, Einstein ganhou uma bússola. Brincando com ela, achava um milagre a propagação do magnetismo terrestre pelo espaço. Considerado um mau exemplo para os colegas, Einstein não conseguiu terminar o ginásio em Munique do qual foi expulso. Aos 16 anos, já em Milão com seus pais, enquanto passeava de bicicleta, fez a famosa pergunta: "Como se pareceria o mundo se eu viajasse em um raio de luz à velocidade da luz?" Nesse mesmo ano escreveu um trabalho sobre eletromagnetismo que já prenunciava a Teoria da Relatividade. Esse trabalho impressionou tanto os examinadores da Escola Politécnica de Zurique, que compensou as notas ruins em outras disciplinas.
Em 1901, por alguns meses Einstein deu aulas de matemática em colégios não muito distantes de Zurique, mas, em meados de 1902, ganhou um emprego no Departamento de Patentes, em Berna. Teve tempo para pensar em física.
Em 1905 publicou cinco trabalhos, dentre os quais aquele sobre o efeito fotoelétrico, pelo qual ganharia o Prêmio Nobel de 1922, além de dois artigos com os quais lançou a Teoria da Relatividade Restrita, uma resposta àquela pergunta que se fez andando de bicicleta. Assim chegou ao espaço e tempo relativos, desconstruiu a noção intuitiva da simultaneidade, introduziu a estranha idéia da variação da massa com a velocidade, o significado de velocidade-limite para a velocidade da luz e a equivalência entre massa e energia. Convidado para escrever um artigo sobre sua teoria numa publicação anual, sentiu-se desconfortável com o fato de que a Relatividade se aplicava somente a situações especiais. Concebeu então um novo projeto que rompesse essas barreiras: a elaboração da Relatividade Geral. Ou, como todos conhecemos: a Teoria da Relatividade.
O grande salto
A Relatividade Restrita só se aplicava em sistemas cujos movimentos relativos tinham velocidade retilínea e uniforme. Sistemas acelerados, como uma galáxia distante em relação a nós, estavam excluídos. Em 1911, Einstein aceitou o convite para trabalhar em Praga, na atual República Checa. O projeto da Relatividade Geral praticamente não havia progredido e só foi retomado aí. Através de experimentos mentais, construiu duas idéias-chave: o Princípio da Equivalência, segundo o qual um sistema em repouso no campo gravitacional da superfície da Terra é indistinguível de um sistema acelerado por um foguete com igual aceleração no sentido oposto; e a curvatura do espaço e do tempo. Para completar a teoria, faltava encontrar a solução matemática para encurvar o espaço-tempo.
Em 1914 Einstein mudou-se para Berlim. Trabalhava freneticamente para finalizar a Relatividade Geral. Em 1916, depois de tê-la apresentado no final do ano anterior numa sessão da Academia Prussiana de Ciências, publicou sua Relatividade Geral. Mas Einstein não era um bom matemático. Assim, com muito sacrifício e com muitas tentativas e erros, chegou às equações da Relatividade Geral.
Ao reformular a teoria da gravitação de Newton, a Teoria da Relatividade permitiu construir um andaime mental para o estudo do Universo como um todo. Só por isso a Teoria da Relatividade tem um valor cultural inestimável, pois deu ao homem a chave para responder à pergunta: "Onde estamos?" Essa foi uma grande façanha intelectual, pois o Universo é um objeto muito peculiar de investigação. Por definição, ele inclui toda a realidade física sem que nada reste fora dele. Estamos diante do caso único em que o observador, necessariamente, faz parte do objeto de estudo. Não há, portanto, a usual relação sujeito-objeto. Nem existe um espaço como se fosse o palco preparado para a atuação do Universo. O espaço e o tempo só existem no Universo e na medida em que o Universo contém coisas e abriga processos. Através do espaço e do tempo as coisas no Universo têm relação, não com o todo, mas entre si, de modo que a descrição do Universo é uma descrição da rede de relações que ocorrem nele.
Essa descrição é fundamentada na Teoria da Relatividade, que nos permite vislumbrar o Universo como quem consegue enxergar além do horizonte e perceber a curvatura da Terra quando é alçado a alturas maiores. Vendo agora o Universo à luz da revolução de Einstein, reconhecemos nele reflexos de nós mesmos. Pela primeira vez, desde a criação, o Universo toma conhecimento de si mesmo através do homem!

domingo, 17 de julho de 2011

sábado, 16 de julho de 2011

O 1º Simpósio dos Profissionais e Estudantes da Química - SIPEQ

No período de 02 a 04 de setembro de 2011, a Faculdade Presidente Antônio Carlos, UNIPAC Ipatinga, organizará e sediará o 1º Simpósio dos Profissionais e Estudantes da Química - SIPEQ que terá como tema “..Químico, Inovação e Sustentabilidade..”
O 1º Simpósio dos Profissionais e Estudantes da Química - SIPEQ é um evento voltado para profissionais e estudantes de Engenharia Química, Química, técnicos em química e áreas afins, que desenvolvem atividades e projetos em Instituições de Ensino Superior em todo país. O evento tem como objetivo apresentar e discutir temas relativos à área da Química, potencializando o reconhecimento da química como ciência indispensável para a sustentabilidade de todos os processos vitais da atualidade, além de proporcionar um intercambio de conhecimento entre profissionais, estudantes e professores, contribuindo assim para a formação destes.
Não deixe de fazer inscrição no site  http://www.sipeq.com.br

sábado, 9 de julho de 2011

Astrônomos descobrem o quasar mais distante já visto








onda primitiva


Uma equipe de astrônomos europeus utilizou o Very Large Telescope, do ESO, juntamente com outros telescópios, para descobrir e estudar o quasar mais distante encontrado até hoje.

Este farol brilhante, cujo motor é um buraco negro com uma massa dois bilhões de vezes maior que a do Sol, é sem dúvida o objeto mais brilhante descoberto no Universo primitivo. Os resultados deste estudo sairão em 30 de Junho na revista Nature.

"Este quasar é uma importante sonda do Universo primitivo. É um objeto muito raro, que nos ajudará a compreender como é que os buracos negros de massa extremamente elevada cresceram algumas centenas de milhões de anos depois do Big Bang," diz Stephen Warren, o líder da equipe.


Farol cósmico


Os quasares são galáxias muito distantes e brilhantes que se acredita serem alimentadas por buracos negros de grande massa situados no seu centro.

O seu brilho os torna poderosos faróis que podem ajudar a investigar a época do Universo em que estavam se formando as primeiras estrelas e galáxias. O quasar recém-descoberto encontra-se tão distante que a radiação agora captada foi emitida na última fase da era da reionização.

O quasar ULAS J1120+0641 agora nos aparece, portanto, tal como ele era apenas 770 milhões de anos depois do Big Bang - um desvio para o vermelho de 7.1. A sua radiação levou 12,9 bilhões de anos para chegar até nós.

Embora objetos mais distantes tenham já sido observados (Hubble encontra a galáxia mais distante já observada), este quasar recém-descoberto é centenas de vezes mais brilhante que estes objetos. Entre os objetos suficientemente brilhantes para poderem ser estudados em detalhe, este é claramente o mais distante.


Desvio para o vermelho


O quasar mais distante depois deste é observado tal como era 870 milhões de anos depois do Big Bang (desvio para o vermelho 6,4). Objetos similares mais longínquos não podem ser observados em rastreios efetuados no visível, uma vez que a sua radiação, esticada devido à expansão do Universo, cai essencialmente na região infravermelha do espectro.

O rastreio europeu profundo no infravermelho, UKIDSS (sigla do inglês European UKIRT Infrared Deep Sky Survey), que utiliza o telescópio infravermelho do Reino Unido, situado no Hawaii, foi concebido para resolver este problema.

Uma equipe de astrônomos procurou, dentro da base de dados de milhões de objetos do UKIDSS, aqueles corpos celestes que poderiam ser quasares distantes há muito procurados. Esta busca finalmente deu resultados.

"Demoramos cinco anos para encontrar este objeto," explica Bram Venemans, um dos autores deste trabalho. "Estávamos à procura de um quasar com um desvio para o vermelho maior que 6,5. Encontrar um que está tão longe, com um desvio para o vermelho maior que 7, foi uma surpresa fantástica. Este quasar permite um olhar profundo à era da reionização, fornecendo-nos assim uma oportunidade para explorar uma janela de 100 milhões de anos na história do cosmos, janela essa que se encontrava anteriormente fora do nosso alcance."





terminologia científica confunde, em vez de esclarecer conceitos do cotidiano

É comum, em nosso cotidiano, que conceitos de teorias científicas passem ao vocabulário usual com sentido distorcido e aplicado de maneira muitas vezes incorreta, com apoio pressuposto do argumento de autoridade, legitimando ideias enganosas e não verificáveis.

Um dos casos mais evidentes é o da teoria do “Darwinismo Social” que, ao se apropriar de ideias científicas, procura legitimar preconceitos e mecanismos de dominação entre grupos étnicos e sociais. Felizmente essa interpretação caiu em merecido descrédito, de modo que sua relevância atual é nula, apesar de, no passado recente, ter servido como justificativa para inúmeros conflitos.

Entretanto, parece que Darwin, apesar das grandes contribuições da teoria da evolução aos avanços da biologia e da medicina, hoje incomoda tanto quanto Galileu à sua época. Alguns pretendem dar ao “criacionismo” status de ciência, colocando-o como teoria alternativa ao “darwinismo”. Nada mais pobre, do ponto de vista espiritual e intelectual que confundir ciência e fé.

A fé é de foro íntimo, portanto, de cada um. As diversas religiões devem ser respeitadas, cada uma com seus dogmas. A ciência não deve ser vista como alternativa à religião, mas como outra forma de conhecimento.

A ciência está em constante mutação e assim pode questionar e se aprimorar sempre. A ciência busca o entendimento da Natureza e não há nesse ato qualquer atitude de crença ou descrença em relação a dogmas religiosos.

Darwin, em muitos casos, é vítima do obscurantismo, e suas ideias tendem a ser negadas por um público carente de formação científica. Esse mesmo obscurantismo vitimou, de maneira diferente, outro importante cientista: Albert Einstein.

Coube a Einstein o papel de representar a inteligência superior e a infalibilidade, qualidades induzidas no inconsciente coletivo possivelmente pela dificuldade de transformar suas descobertas em linguagem compreensível a um público mais amplo.

Lido por poucos, virou lenda e por isso a ele são atribuídas ideias um tanto estapafúrdias, com frases repetidas à exaustão em livros de autoajuda. Quer uma prova disso? Diga a sério uma besteira atribuindo-a a Einstein e descubra que quase todos vão acreditar, porque poucos verificam a procedência disso.

A mais engraçada é a que envolve a noção de relatividade: “Tudo é relativo”, argumentam os incautos, e um interminável rolo de enganos subscreve-se à glória de Einstein.

Galileu, que passou maus bocados nas mãos dos obscurantistas, entre seus vários trabalhos enunciou o “Princípio da Relatividade”, que diz: “As leis físicas são as mesmas para qualquer referencial inercial.”. Ou seja, o chamado princípio da relatividade fala de invariância de leis, mesmo que os referenciais produzam medições diferentes para certas grandezas físicas.

O que Einstein procurava, quando enunciou sua “Teoria da Relatividade Especial”, na primeira década do século 20, era salvar o princípio de Galileu, quando aplicado às leis do eletromagnetismo brilhantemente sintetizadas por Maxwell, no século anterior. Parecia, inicialmente, que as leis do eletromagnetismo não eram descritas da mesma maneira, quando se mudava de referencial.


Ao unificar os resultados de Michelson e Morley sobre o fato de a luz não necessitar suporte material para se propagar com as equações de Lorentz, Einstein formulou a "Teoria da Relatividade Especial" e mostrou que as leis do eletromagnetismo são as mesmas para todos os referenciais inerciais.

A partir do final dos anos 1910, Einstein concentrou esforços na Teoria da Relatividade Geral, dedicando-se à investigação de como as leis físicas deveriam ser escritas ao considerar que os fenômenos ocorrem em referenciais acelerados, em relação a inerciais. Desse trabalho resultaram importantes formulações a respeito dos fenômenos gravitacionais e da equivalência entre massa e energia.

Einstein, ao longo de sua carreira, errou em certas coisas, da mecânica quântica, sobretudo, apesar de ser um dos seus criadores e o responsável pelo estabelecimento das bases teóricas do efeito fotoelétrico, também na primeira década do século 20.

Talvez tenha cometido um engano adicional ao chamar seu trabalho de “Teoria da Relatividade”, nome cunhado por Poincaré, e não “Teoria da Invariabilidade”, como pensou fazer. O nome 

chamaria menos a atenção, mas evitaria enganos e más interpretações, decorrentes do uso rápido e barato de ideias mal compreendidas.

Arrisco, até, a dizer que, por conta disso, há uma espécie de “einsteinismo social”, perambulando pelas livrarias. Pensem como Einstein, raciocinem como o criador da teoria da relatividade, 

dizem aqueles que nunca estudaram eletromagnetismo ou álgebra de tensores e não têm ideia do grau de concentração e dedicação que esse estudo requer.


por José Roberto Castilho Piqueira

domingo, 3 de julho de 2011

Vem aí... 1° SIPEQ!

No período de 02 a 04 de setembro de 2011, a Faculdade Presidente Antônio Carlos, UNIPAC Ipatinga, organizará e sediará o 1º Simpósio dos Profissionais e Estudantes da Química - SIPEQ que terá como tema “..Químico, Inovação e Sustentabilidade..”


O 1º Simpósio dos Profissionais e Estudantes da Química - SIPEQ é um evento voltado para profissionais e estudantes de Engenharia Química, Química, técnicos em química e áreas afins, que desenvolvem atividades e projetos em Instituições de Ensino Superior em todo país. O evento tem como objetivo apresentar e discutir temas relativos à área da Química, potencializando o reconhecimento da química como ciência indispensável para a sustentabilidade de todos os processos vitais da atualidade, além de proporcionar um intercambio de conhecimento entre profissionais, estudantes e professores, contribuindo assim para a formação destes.


Com a realização deste evento, objetiva-se despertar nos estudantes e profissionais, o interesse pelo desenvolvimento de sua profissão, voltado para os desafios da atualidade, além de proporcionar o incentivo à pesquisa e a busca por conhecimento e publicações.


Pretende-se durante a realização do evento, reunir profissionais e estudantes da química e áreas correlatas, para apresentação de trabalhos, projetos e discussões que contribuam com o desenvolvimento da comunidade cientifica da região. Paralelo a estas atividades, promover workshops, minicursos e palestras buscando a interação e intercâmbio intelectual entre docentes, discentes e empresas da região.


Inscreva-se, envie seu trabalho e fique atento aos prazos estabelecidos pela organização.



Não deixe de participar deste grande evento. Esperamos por você !!!
www.sipeq.com.br   Acessem !! Inscrições Abertas.

2011 ano da celebração da vida, porque química e a vida.

Definido pela Organização das Nações Unidas (ONU), 2011 é o Ano Internacional da Química
As grandes realizações da ciência e da indústria química e suas contribuições para o desenvolvimento e o bem-estar da humanidade e da vida no planeta estarão em destaque neste Ano Internacional da Química, com ações a serem desenvolvidas em todo o mundo, no Brasil inclusive.
Integrando a Década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável (2005-2014), o Ano Internacional da Química busca alinhar os objetivos das duas datas, estimulando a reflexão sobre o papel da química para a construção de um mundo sustentável.
Para o ano, estão previstos vários eventos e iniciativas inspirados no slogan “Química para um mundo melhor”: palestras, exposições, encontros científicos, audiovisuais, publicações, materiais didáticos e ações na internet. Essas agendas visam aprimorar o ensino da química, difundir informações científicas, criar novas redes sociais e comunidades, estimular o interesse dos jovens pela ciência e melhorar a imagem da química perante a opinião pública.
Em âmbito mundial, as atividades estão sob responsabilidade da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) e da Iupac; no Brasil, serão desenvolvidas por um grupo de parceiros formado pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), Sociedade Brasileira de Química (SBQ) e Conselhos Regionais de Química (CRQs), entre outros. No Brasil, a Rhodia contribui com os esforços, patrocinando as ações programadas pela Abiquim, como a distribuição de materiais a estudantes com informações sobre as atividades dos profissionais de química e a importância dos produtos gerados pelo setor químico.
A Rhodia também está à frente de outro projeto que reforça seu engajamento no Ano Internacional da Química e seu compromisso com as comunidades vizinhas às suas unidades: o patrocínio, por meio da lei Rouanet, de um projeto de educação ambiental que beneficiará milhares de estudantes de escolas públicas de Paulínia, Santo André, São Bernardo do Campo e Jacareí.

Abertura oficial

A abertura oficial do Ano Internacional da Química ocorreu em Paris, nos dias 27 e 28 de janeiro. A Rhodia mundial, uma das patrocinadoras das ações da Iupac, marcou presença com um estande no evento. Além disso, o presidente e diretor-geral do Grupo, Jean-Pierre Clamadieu, integrou a mesa redonda que reuniu executivos e especialistas em torno do tema “Impacto da química sobre a economia e a sociedade”.

Destaques da programação nacional

O leque de atividades a serem realizadas no Brasil inclui ações de imprensa, filme institucional de 4 minutos e comercial de 30 segundos, publicações especiais, cerimônias oficiais, exposição itinerante criada a partir de paineis educativos e muitas intervenções baseadas em mídia digital, dirigidas especialmente aos jovens.
Já está no ar o site do Ano Internacional da Química no Brasil , produzido pela SBQ. Nele, os usuários encontram, por exemplo, o “365 Dias de Química”, com atualizações diárias de conteúdos, o QUID +, página dirigida ao público infantil, e o Química Nova Interativa – QNINT, direcionada a professores.